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“Não religiosos” superam católicos e protestantes na Alemanha, aponta pesquisa

Pela primeira vez, há mais não religiosos do que cristãos protestantes e católicos na Alemanha, de acordo com uma pesquisa divulgada...

“Não religiosos” superam católicos e protestantes na Alemanha, aponta pesquisa
“Não religiosos” superam católicos e protestantes na Alemanha, aponta pesquisa (Foto: Reprodução)

Pela primeira vez, há mais não religiosos do que cristãos protestantes e católicos na Alemanha, de acordo com uma pesquisa divulgada neste mês.

O estudo do grupo de pesquisa Weltanschauungen (Fowid) revelou que 47% da população se declara sem religião, enquanto 45% são católicos e protestantes.

Os sem religião representam 39 milhões de alemães, enquanto há 38 milhões de cristãos no país europeu.

A pesquisa, realizada no final de 2024, mostrou que, entre os religiosos, 24% são católicos romanos, 21% são protestantes, os muçulmanos representam 3,9% e outras comunidades religiosas 4,1%.

Queda de membros

Segundo a análise, houve um declínio de membros na Igreja Católica e em igrejas protestantes na Alemanha, nos últimos anos.

"Enquanto os protestantes da Igreja Evangélica na Alemanha (um grupo de 20 igrejas protestantes, luteranas e reformadas) registraram um declínio maior no número de membros nos anos anteriores a 2020, em 2021, 2022 e 2023, foram os católicos romanos que tiveram o maior número de abandonos", afirmou a pesquisa.

Em 2024, a Igreja Católica e a Igreja Evangélica sofreram uma queda de fieis semelhante. 

"Ambas as igrejas estão no mesmo nível, com cerca de 580.000 perdas de membros cada. Esta é a quarta vez que as igrejas juntas perdem mais de um milhão de membros", pontuaram os pesquisadores.

Em contrapartida, o número de muçulmanos aumentou em 80.000 em 2024, conforme dados do Relatório Anual do Escritório Federal para Migração e Refugiados.

Fechamento de igrejas

Uma investigação do jornal alemão Süddeutsche Zeitung no ano passado mostrou que cerca de 10 mil templos católicos e protestantes irão fechar nos próximos anos, devido à diminuição de membros.

Até 2033, “uma em cada quatro ou cinco igrejas não será mais usada para seu propósito original”, afirmou a professora de arquitetura Stefanie Lieb.

Muitas igrejas no país já foram vendidas e agora são utilizadas para fins privados, como restaurantes, academias ou lojas, pelos novos proprietários.

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